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A luz que se faz arte:

O renascimento dos vitrais em Ouro Preto.

 A luz que se faz arte:

Entre a transparência e o mistério, o vidro colorido continua a revelar o espírito do tempo.



🕍 1. Um encontro que reacende o ofício

Em Ouro Preto, cidade onde o tempo parece repousar sobre as pedras, a arte dos vitrais ganha novo fôlego.
A Mundaréu Comunicação, Produção e Arte e o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Minas Gerais (IFMG) – Campus Ouro Preto se reuniram com o mestre vitralista Fernando Felicíssimo Mascarenhas para discutir ações formativas voltadas à preservação e transmissão do ofício dos vitrais, uma das linguagens mais antigas e luminosas das artes visuais.

🔗 Leia a matéria completa na Revista Mundaréu.
https://www.mundareu.art/ouro-preto/parceria-mundareu-ifmg-op-fernando-mestre-fernando-felicissimo-busca-resgate-da-arte-milenar-dos-vitrais


💠 2. O ofício como herança viva

Trabalhar com vitrais é dialogar com a luz — moldá-la, filtrá-la e devolvê-la transformada.
Cada corte de vidro e cada solda são gestos de paciência, precisão e devoção. O mestre Felicíssimo, com sua trajetória exemplar, representa essa linhagem de artistas que entendem que o tempo é parte da obra.

Em tempos de produção acelerada, o vitral resiste como manifesto pela lentidão e pelo gesto humano — uma arte que, mais do que iluminar espaços, ilumina modos de fazer.



🌈 3. Entre fé, política e estética

Na Idade Média, os vitrais foram uma pedagogia silenciosa: ensinavam passagens bíblicas a quem não sabia ler.
Nos séculos seguintes, tornaram-se instrumentos de poder simbólico, enfeitando palácios e catedrais.
No Brasil, artistas como Lorenzato, Clóvis Graciano e Marianne Peretti transformaram a tradição em experimentação moderna — misturando espiritualidade e geometria, história e cor.

Hoje, resgatar o vitral é também resgatar a dimensão contemplativa da arte: o convite a ver o tempo passar através da luz.



🔆 4. A luz como matéria poética

Em Ouro Preto, onde cada rua é um fragmento de memória, o vidro colorido parece se tornar metáfora do Brasil — um país que ainda busca aprender a filtrar a própria luz sem se quebrar.
A parceria entre a Mundaréu, o IFMG e o mestre Fernando Felicíssimo mostra que tradição e inovação não são contrários, mas camadas de um mesmo vitral cultural.

“A beleza nasce da junção entre fragilidade e resistência. Assim como o vidro, somos feitos de matéria que pode se quebrar — mas também de luz que insiste em atravessar.”



📸 Sugestões de imagens e legendas
1. Imagem 1 (abertura) – Detalhe de vitral histórico iluminado pelo sol em Ouro Preto.
Legenda: “Quando a luz se faz cor, o vidro se torna tempo.”
2. Imagem 2 (meio do texto) – Mestre Fernando Felicíssimo em seu ateliê, trabalhando o vidro.
Legenda: “Cada corte é um gesto de paciência e precisão.”
3. Imagem 3 (encerramento) – Vitrais modernos reinterpretando formas abstratas.
Legenda: “Entre tradição e reinvenção, a arte dos vitrais segue viva.”



🇬🇧 The Light That Becomes Art: The Renaissance of Stained Glass in Ouro Preto

Between transparency and mystery, colored glass continues to reveal the spirit of its time.



🕍 1. A meeting that rekindles an ancient craft

In Ouro Preto, a city where time seems carved in stone, the art of stained glass finds new breath.
Mundaréu Comunicação, Produção e Arte and the Federal Institute of Education, Science and Technology of Minas Gerais (IFMG) – Ouro Preto Campus met with master glass artist Fernando Felicíssimo Mascarenhas to design formative actions aimed at preserving and transmitting the ancient craft of stained glass — one of the oldest and most luminous expressions of the visual arts.

🔗 Read the full article on Revista Mundaréu.
https://www.mundareu.art/ouro-preto/parceria-mundareu-ifmg-op-fernando-mestre-fernando-felicissimo-busca-resgate-da-arte-milenar-dos-vitrais


💠 2. Craft as a living heritage

To work with stained glass is to dialogue with light — to shape it, filter it, and give it back transformed.
Each glass cut and each lead joint is an act of patience, precision, and devotion. Master Felicíssimo embodies a lineage of artists who understand that time itself is part of the material.

In a world that values speed, stained glass stands as a manifesto for slowness and human gesture — an art form that not only illuminates spaces but also enlightens ways of being.



🌈 3. Between faith, politics, and aesthetics

In the Middle Ages, stained glass served as a silent pedagogy — teaching stories to those who could not read.
Later, it became a symbol of power, adorning palaces and cathedrals.
In Brazil, artists like Lorenzato, Clóvis Graciano, and Marianne Peretti transformed this heritage into modern experimentation — merging spirituality and geometry, history and color.

To revive stained glass today is to reclaim the contemplative dimension of art, the invitation to watch time pass through light.



🔆 4. Light as poetic matter

In Ouro Preto, where every street holds memory, colored glass becomes a metaphor for Brazil — a country still learning to filter its own light without breaking.
The partnership between Mundaréu, IFMG, and Master Fernando Felicíssimo shows that tradition and innovation are not opposites, but layers of the same cultural glasswork.

“Beauty is born from the union of fragility and resistance. Like glass, we are made of matter that can break — but also of light that insists on shining through.”

Valéria Monteiro.
Jornalista, fundadora do site valeriamonteiro.com.br
e ex-âncora da TV Globo e Bloomberg.
28 de out. de 2025
 A luz que se faz arte: o renascimento dos vitrais em Ouro Preto por Valéria Monteiro.

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