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Ecofeminismo:

Quando cuidar da Terra também é lutar pelos direitos das mulheres.

Ecofeminismo:

Ecofeminismo: quando cuidar da Terra também é lutar pelos direitos das mulheres

Você já parou pra pensar que a destruição da natureza e a desigualdade entre homens e mulheres têm algo em comum? Pois é exatamente isso que mostra o ecofeminismo: um movimento que une a luta das mulheres com a defesa do meio ambiente.

O ecofeminismo nasceu nos anos 1970, com a francesa Françoise d’Eaubonne, e foi ganhando força no mundo todo. Ele parte de uma ideia simples e poderosa: o mesmo sistema que explora a Terra, polui rios e destrói florestas também oprime as mulheres, principalmente as que são negras, indígenas ou vivem em áreas pobres.

Por que as mulheres são as mais afetadas?

No Brasil, quando falta água, quando há deslizamento por causa das chuvas, quando a comida fica mais cara por causa da seca… quem sofre mais com isso? São as mulheres. Muitas vezes, elas são responsáveis por cuidar da casa, dos filhos e da comida, e por isso sentem com mais força os efeitos da crise ambiental.

E não é só isso: mulheres que vivem no campo, como as quebradeiras de coco babaçu no Maranhão, ou mulheres indígenas como Sônia Guajajara, ministra dos Povos Indígenas, estão na linha de frente defendendo a natureza e seus territórios. Elas cuidam das florestas, das sementes e das águas, mesmo com pouca visibilidade.

Sônia costuma dizer:

“Cuidar da floresta é cuidar da vida. A floresta é feminina. Ela é mãe, ela é protetora, ela alimenta.”

Mulheres que cuidam da Terra

Mesmo enfrentando muitos desafios, as mulheres criam alternativas sustentáveis todos os dias:
• Plantam sem veneno, usando a agroecologia.
• Preservam saberes antigos, passados de geração em geração.
• Organizam hortas comunitárias nas cidades.
• Lutam contra o uso excessivo de agrotóxicos.

Essas ações, mesmo pequenas, fazem uma grande diferença.

O que dizem os dados?
• 8 em cada 10 pessoas mais afetadas pela crise climática no Brasil são mulheres.
• Mulheres negras e indígenas estão mais expostas a enchentes, falta de água e poluição.
• Só 1 em cada 10 políticas ambientais no Brasil leva em conta as diferenças entre homens e mulheres.

(Fonte: ONU Mulheres, Instituto Clima e Sociedade, Relatório Luz 2023)

Um futuro mais justo começa com o cuidado

O ecofeminismo mostra que o cuidado não é sinal de fraqueza — é um poder transformador. Cuidar da natureza, das pessoas e dos territórios é uma forma de resistência e de construção de um novo mundo. Um mundo onde o lucro não vem antes da vida. Onde as mulheres são ouvidas. Onde todos e todas têm direito a respirar ar puro, beber água limpa e viver com dignidade.

Valéria Monteiro Jornalista.

Valéria Monteiro Jornalista.

9 de abr. de 2025

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