Palavras terminadas em “a” em sânscrito ou hindi são masculinas.
As Leis para controle do mundo material são masculinas, ação e reação, pena de Talião, olho por olho, dente por dente, ou simplesmente uma restrição para não se cometer os mesmos erros.
É uma característica da matéria a busca pelo prazer e a esquiva à dor e a memória faz os seres viverem em uma reatividade à esta dor, propagando o desamor.
Uma das formas mais básicas de Amor é a Gratidão, a reverência a tudo que a vida lhe entregou acima do seu plantio ou espectativas. Isto é a Consciência do Sagrado Feminino, a percepção do fluxo abundante e generoso do universo e a doçura amorosa para compartilhar este movimento.
A Mãe Divina nos acolhe e supre incondicionalmente, independente de méritos ou desempenhos, que são apenas conceitos masculinos.
A sorte é um conceito profundamente feminino, associado às Deusas hindus.
Para quem não teve uma mãe terrena afinada nesta energia, é difícil perceber esta realidade.
O justiceiro e o reativo fazem parte do masculino mais denso, prendendo vidas a esta grande ilusão.
Em situações de dor os seres esquecem que sobreviver já é um lucro.
Em uma catástrofe ou guerra, poder continuar transitando, ter a sorte de poder tentar mais rodada do jogo onde tudo pode mudar, já é uma enorme Benção.
Ficar encolhido de dor, ou soltando farpas defensivas pelas mágoas, é a expressão do masculino machucado, da criança impotente.
A consciência de que a Grande Mãe sempre nos acolheu em seus braços é o grande caminho para a cura, a sorte e a abundância, a libertação da Criança Interior, que sentindo-se amparada pode comemorar a existência.
A percepção que não existe diferença entre Criador e Criatura e todas as coisas já são como deveriam ser, imperfeitamente perfeitas. Vamos celebrar isto neste 15 de novembro, no ritual das Shaktis.
As Deusas Guerreiras, esposas de Shiva, que sempre acolhem e defendem seus filhos, vitoriosas contra todos os empecilhos.
Talvez não seja por acaso que neste dia o país saiu da monarquia, das regras de uma autoridade centralizada masculina.
Mas sem pensamentos dualistas, pois não estamos exaltando nenhuma república (ou fantasia que ela exista), pois talvez isto signifique apenas uma oportunidade para as crianças administrarem o próprio playground, com todas as consequências que são geradas.